sexta-feira, agosto 17, 2007

As vozes

Enquanto a voz passiva sucumbia em meu ser
A voz ativa dizia que era tempo de fazer uma análise,
Sintática , morfológica, que fosse ela
Mas enfim, uma análise.
Pensei naquele pronome possessivo,
Na inferioridade, na superioridade,
Na igualdade,
E também, nas flexões,
nos adjetivos que perseguiam
minhas noites inquietas.
E minha voz, reflexiva, não cessava perguntar,
Entre numerais,
Cardinais ou ordinais,
Qual deles deveria, em meu infinitivo, escolher?
Tudo era o demonstrativo
De que tudo estava indefinido.
Neste tempo simples,
Meu retrato é defectivo,
Falta nele uma conjugação,
Ou algumas quem sabe.
Quiçá sou apenas uma radical,
Perdida em uma gramática qualquer,
Esquecida em uma prateleira empoeirada.

Um comentário:

DiogoChewbacca disse...

oh my god !!!
Posso ser censurado ?!?!
ok.ok... Não ia dizer nada útil mesmo...


poesias suas ?!