terça-feira, junho 13, 2006

Até onde nos leva a curiosidade?


Há mais ou menos uns três meses, fui questionada por um de meus alunos sobre quem seria a professora da Wizard que acreditava em Astrologia. Por um breve momento pensei em mim mesma, mas diante da circunstância, me calei, pois quantas vezes já não teria lido meu horóscopo esse ano... Resolvi perguntar à criatura a razão da pergunta e ele então me respondeu que havia lido no blog da Georgette, minha coordenadora, sobre um mini barraco básico entre ela e uma professora, sobre Astrologia...
E imaginem se eu não contaria os minutos prá chegar em casa e entrar na net para poder me adentrar dos fatos!!! Foi exatamente o que fiz assim que pus os pés dentro de casa. Lendo o tal barraco não conseguir definir exatamente quem era a pessoa, mas tenho fortes suspeitas. O que vem ao caso, é que desde esse dia, tenho me tornado uma leitora assídua da vida de Geórgia. Não faço isso todos os dias, mas vez ou outra dou uma espiada para ver o que há de novo. Isso é só para se ter idéia de a que ponto pode chegar uma pessoa curiosa. Não adianta dizer que é falta de ter o que fazer, porque não é! Deixo de fazer coisas que preciso para saber da vida dos outros.
No orkut então... me delicio... Cheguei a abrir uma conta fantasma totalmente invisível no site, só para acompanhar de perto detalhes das vidas de algumas pessoas que me interessam. Nem todas são pessoas do meu círculo de amizades e nem sei o porquê de tanto interesse em suas vidas, o fato é que sou uma fuçadora de mão cheia. O que fazer, o que fazer???Mas como já dizia Pollyanna, temos que seguir o Jogo do Contente. Desta forma, páro e penso que me torno uma pessoa muito à toa lendo scraps alheios, mas por outro lado, também me torno uma pessoa com um senso crítico muito mais aguçado e uso dele para me guiar em minha própria vida.
Minha doença por orkut é tão crônica, que outro dia eu passei um domingo pesquisando a vida de um sonho de consumo meu, até onde os registros do site me permitiram ir e foi uma viagem de quase dois anos. Me diverti e me machuquei com tudo o que vi. Mas aprendi bastante sobre ele. E como por enquanto ele ainda não passa de um sonho de consumo na minha vida e é totalmente livre, acabei por encontrar uma “coisinha” – que por despeito meu poderia ser considerada sem graça – em sua vida.
A tal “coisinha”, residente aqui mesmo em Santa Catarina, estava namorando uma pessoa de São Paulo, quando reencontrou o meu sonho de consumo, com quem teria se envolvido no passado. Eles ficaram naquela noite, enquanto o namorado de São Paulo tentava, desesperadamente, contactá-la. Passei a bisbilhotar a vida do triângulo amoroso. Vi que meu sonho de consumo não tinha muito envolvimento na estória e que o casal 20 estava se trocando juras de amor eterno e doentio por alguns meses.
"Enquanto isso na Sala de Justiça... "
A “coisinha” mantinha seu perfil de solteira, com fotos inclusive do meu sonho de consumo, enquanto seu futuro ex-namorado se mantinha em relacionamento, com muitas fotos e declarações. Num belo dia, vejo a mensagem de uma super morena no orkut da “coisinha”, agradecendo por ter deixado fulano solteiro para ela... Lá vou eu para o orkut do fulano e leio mensagem da mesma morena agradecendo a noite com convite para uma outra festa, sugerindo inclusive a roupa que ele deveria vestir. No fim da mensagem, ela ainda revela ter falado com a “coisinha” e a “coisinha” ter confessado a ela que ele era o grande amor de sua vida e que ela o surpreenderia em sua casa...
Acredito que um meio bem eficaz de comunicação como o telefone sem fio foi usado nessa estória, pois “coisinha” retirou a foto do meu sonho de consumo, mudou a foto do perfil, apaga os scraps diariamente e seu namorado finalmente passou a ser solteiro! Com isso, milhares de capítulos da novela foram apagados, mas minha mente fria e sinistra não vai esquecer do que viu, nem eu do que ouvi, nem do que pensei sobre relacionamentos tipo esse. O que me deixa triste é a facilidade com que pessoas passam a “amar” e “desamar” alguém. Mais uma vez, repito, pessoas não sabem o que sentem.

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