quinta-feira, julho 20, 2006

Manezinho da Ilha

Morro de rir quando meu amigo aqui da escola imita os florianopolitanos falando.
Acho muita graça mesmo, mas dá sempre aquela dorzinha... Eu adorava ouvir ele falando, daquele jeito manezinho mesmo. Voltava pra Blumenau e ficava repetindo sozinhas "ax palavrax" que ele tinha me dito.
Conversamos pelo msn duas vezes essa semana, ele confessou estar com saudade de mim, com vontade de ligar. Disse estar sofrendo, porque estava muito na minha. Eu sabia que ele gostava, só que ele nunca soube como deixar isso bem claro para mim. Sempre encontrava desculpas para que não tivéssemos um relacionamento de verdade e isso era tudo o que eu queria.
Planejei muito com ele, mas nunca disse nada. Nunca disse nada, para que ele não ficasse mais assustado com a situação. Ele gostava de dizer que eu estava desesperada para namorar... Eu não diria isso. Tanto que deixei de namorar algumas pessoas legais no início do ano. Eu não quero só ter um namorado. Quero um companheiro, quero que se preocupe comigo, que queira realmente estar comigo. Ele parecia ser uma pessoa com esses pré-requisitos...
O dia que conheci o sítio dele, fiquei muito tempo só pensando, imaginando a casa depois de construída, um monte de cachorros de rua adotados pela gente. Imaginei aquele monte de árvores frutíferas e imaginei meu orquidário também. Pensei que a gente poderia ir para lá durante o fim de semana, para ficarmos um pouco a sós no nosso cantinho, já que ele mora com a mãe. Pensei, planejei, muito, muito mesmo.
Agora acabou.
Não chorei dessa vez, mas estou entristecida.
Já foram tantos os relacionamentos que terminaram, que parece que as emoções vão se petrificando aos poucos.
Já me doei demais para meus amores e eles, de uma maneira ou de outra, sempre se foram. Eu fiquei. Continuo. Nada muda.

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