sexta-feira, maio 19, 2006

Paulo Coelho

Ontem precisei dar um abraço de consolo numa amiga que perdeu 2 amigas por causa de câncer, em dias consecutivos. Precisei dar um abraço nela, sem estar certa de que ela também precisava meu abraço. Em questão de segundos fiquei pensando em sua dor e na das pessoas que essas mulheres deixaram. É cada vez mais difícil fazer amigos de verdade, porém, uma perda acontece sempre inesperadamente, ainda que já esperada. A pessoa está doente, mas está ali. Minutos depois, não está mais. Às vezes nem doença existe, mas fatalidades acontecem.
Assim sendo, relembrei um trecho de Paulo Coelho, em seu livro O Alquimista. Entendo que muitos critiquem suas obras, que nem sempre são sobre assuntos que despertam a atenção de todos. À mim interessam porque acho que ele fala de uma maneira muito simples, direcionada para qualquer tipo de público. Procuro entender mais do que simples letras agrupadas num papel. E nesse livro, O Alquimista, ele conta que qualquer dia é tão bom para se morrer quanto qualquer outro.
Como assim? Como algum dia pode ser bom para morrer???
Pois é. Desde que nascemos, estamos predestinados à morte. É um fato. Não tem como se escapar disso. O que acontece é que alguns vão mais cedo, outros mais tarde. Alguns deixam saudade, outros nem tanto. Porém, todos vamos.
Agora se vamos, e não sabemos quando, nem exatamente para onde, prá que então, gente, desperdiçar tanto tempo com picuinhas, discussões que não levam a nada? Prá que ir dormir de cara amarrada, se amanhã você vai precisar olhar de novo para aquela mesma pessoa? Por que não dizer quando está feliz, o quanto seus amigos, sua família o fazem feliz? Pode ser que amanhã você não tenha tempo para isso.
Deixe o amor fluir na sua vida.

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