Talvez a razão principal seja a falta de vida na minha vida. Ultimamente tenho passado a maior parte do dia no meu local de trabalho, depois chego em casa, cozinho, lavo, tomo banho, dou uma espiada na net e durmo. Como não tenho ninguém que me encha a paciência logo de manhã e tem feito frio, acabo ficando na cama até o mais tardar possível. E quando levanto, é só comer, vestir e ir trabalhar... Os fins de semana têm sido divididos entre Blumenau e Floripa.
Agora me diz, o que falta???
Falta vida, falta sangue correndo nas minhas veias, falta energia estampada no meu rosto, falta brilho no meu olhar, falta amor na minha vida.
Gosto de alguém, e sinto saudade. Me preocupo com alguns. Imagino meu futuro com cada um e sem nenhum deles ao mesmo tempo. Queria encontrar um grande amor.
Queria me apaixonar tão profundamente de um jeito que nem pudesse dormir à noite, de felicidade, euforia e ansiedade. Queria me olhar no espelho todos os dias e me sentir muito desejada por ele, queria poder ter a certeza de que jamais sequer pensaria em ter outra mulher. 

Queria sentir minhas pernas enfraquecerem enquanto meu corpo todo estremecesse só de chegar perto dele.
Não me sinto assim. Por isso, às vezes sinto como se estivesse forçando um sentimento que talvez nunca venha a existir entre nós. Eu gosto e sinto falta, mas não é intenso. Alguns dizem que essa intensidade é paixão, e que é simplesmente provisória. Mas será possível um relacionamento deslanchar sem esse motor de partida? Será que amor pode existir desde o início sem paixão?
Será que eu jamais me apaixonarei de novo na vida?
Eu sou jovem ainda, sei disso, mas acredito que quanto mais tempo as pessoas passam sozinhas, mais autosuficientes elas se tornam. Sou extremamente carente, tanto que às vezes até acabo repelindo quem gosto por tanta necessidade de atenção. Mas ao mesmo tempo, sei fazer tudo sozinha, não preciso de alguém quem me diga nada, além de algumas palavras de carinho. E quando essas vêm, eu acabo nem acreditando, pois percebo a falta de autenticidade no que ouço. Quando se tira uma palavra do coração, ela tropeça pelo caminho, vem com uma pirueta, meio descoordenada. Ela tem que ser natural para ser bem interpretada e aceita. Tem que ser de improviso.
E eu, só queria estar loucamente apaixonada para ter todas as palavras de improviso que pudessem existir. Me sentiria viva rindo só pelas ruas, cantando minhas canções desafinadas.
Queria poder chorar de amor, de medo, insegurança, felicidade, contanto que me sentisse viva de novo.
Uma pessoa que não ama deixa de existir.
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