quinta-feira, setembro 28, 2006

Just an update

Minha língua anda coçando.

Tenho muita vontade de falar, mas falar dos outros é fofoca e falar de mim é estar sujeita a muita exposição.

Fui advertida quanto ao último ítem.
Discordo.

Falar dos outros, contanto que não seja prejudicial, não seria, na minha opinião, necessariamente fofoca.

Falar de mim, sim, seria uma exposição, mas o dia que eu deixar de me expor, vou também deixar de ser autêntica, um de meus traços mais perceptíveis.

Gosto de contar o que faço, porque o que não sai um tremendo desastre consegue sempre ser um sucesso. Ser uma pessoa de extremos me dá essa capacidade.
Mas ultimamente, tudo o que tenho feito tem sido com muito amor. Exceto o "levantar cedo," que tem sido mais com tesão que com amor nos últimos dias.

Semana do chocolate sem chocolate. Não quero ter espinhas esse mês e nem acumular mais barriga para o verão, que aliás está bem próximo. Tenho me preocupado com isso. Andar de biquíni será meu grande desafio esse ano. Querendo ou não, lá se vão 26 anos e sabe como é, as coisas mudam. Não me sinto com essa idade, nem me vejo com ela, mas sei que está lá. Algumas marcas no corpo já me alertam que deixei de ser menina. Não consigo mais usar miniblusas como antes. As saias também têm se alongado através dos anos. Saia curta mesmo só dentro de casa e olhe lá. Cada um que mostre o que pode enquanto pode, pois para tudo se tem uma idade na vida, que nem tatuagem. Adoro tatuagem e morro de vontade de fazer uma. Fui várias vezes olhar designs e nunca encontrei um que merecesse estar na minha pele. Se já estou me tatuando é para ser diferente, por isso preciso de algo que seja único. Mas não é só isso.

Ver uma mãe jovem, gostosa, tatuada é uma coisa. Outra coisa é ver uma coroa, cheia de netos, pele flácida, barriguda, com os peitos caindo e cheia de tatuagens à mostra. Muito feio! Por isso até defini o lugar, caso um dia venha a ter uma, mas seria em um lugar que provavelmente não estará mais exposto "ao público" em alguns poucos anos.

Filhos. Que pensamento, né? Eu mal tenho um namorado, já fico pensando em filhos. Se bem que, essa questão, para mim, nunca dependeu do meu estado civil. Tenho tanta vontade de ser mãe que já até planejei uma data aproximada. Nem que seja uma ou algumas produções independentes. Quero muito ter meus filhos. Se possível, serão três.

Família grande é bom, dá mais bagunça mas pelo menos tem uma opção a mais para colocar a culpa. Eu sonho tanto com minha vida no futuro que às vezes vejo que o tempo passa por mim despercebido. Lembro quando eu ainda morava em Foz do Iguaçu, eu deveria ter uns 4 ou 5 anos, eu fiz as contas para saber que idade eu teria no ano 2000. Conclui, depois de muito esforço, que como eu nasci em 80, nos anos 2000 eu estaria com vinte anos já e fiquei pensando se eu já seria casada. EU LEMBRO DISSO.

E olha onde fui parar, aos vinte anos eu não estava casada no civil, mas era amasiada e morava nos Estados Unidos, uma coisa que nunca planejei, nem esperei. Hoje, aos 26, eu ando solteira e moro sozinha. Tampouco planejei isso. Nunca pensei que fosse capaz de morar sozinha, tamanha é minha carência. Mas tenho conseguido numa boa.

Quando não se tem alguém por quem esperar em casa, fica fácil. Me acostumei com minha rotina, desenvolvi 1001 manias e me preocupo bastante com o convívio junto de uma outra pessoa, se um dia vier a acontecer. Difícil fica quando você encontra alguém que se disponha a estar junto contigo na maior parte do tempo, mesmo quando este é mínimo e de repente este alguém te falta. Aí fica difícil. Por isso às vezes eu fico meio down. Sem motivos de verdade, só mesmo a falta de um abraço, de um pouco de carinho.

E quando o carinho chega tudo fica feliz de novo!

Minhas aulas na faculdade também me fazem bem feliz e sonolenta. Às vezes é difícil não dar aquela cochilada básica, mesmo lutando contra ela. O que me deixa P.da vida, maiúsculo mesmo, é o alarido que alguns fazem por me ver dormir. Ninguém entende meu cansaço, ninguém sabe quantas horas eu durmo por noite, o quanto eu tenho para fazer diariamente. Durmo em sala porque já estou esgotada.

Se pudesse escolher, eu não iria querer dormir nunca. Poderia fazer tudo o que preciso e ainda fazer as coisas que tenho vontade. Minha casa estaria sempre brilhando, minhas roupas limpas e passadas e ainda poderia voltar a brincar com minhas peças de bijuteria, um dos meus hobbies, fazer crochê, bordado, escrever mais, namorar muito mais, assistir filmes, ter mais tempo para minha família. Isso, porém, ainda está fora do meu alcance.

Tenho sentido falta de amigos. Saudade dos que tenho, na verdade. Mas sempre tem o tempo, tempo, tempo na frente de tudo. Tenho usado minhas poucas horas livres no fim-de-semana para dormir.

Tenho vistos os ipês florindo pelas ruas e isso tem me feito bem feliz. Flores, flores, flores.

Hora de correr, meu horário de almoço já está no fim.
Beijos a todos. Hoje eu estou boazinha e carinhosa. Uma aluna até comentou que devo estar vendo passarinho verde todos os dias porque tenho andado bem feliz. Tchau!

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