Caramba!
Pisquei e lá se foram anos! O Orkut não existe mais, o
Facebook bombou, apareceram o Twitter, o Whats,
o Tinder!!! E minha cidade até tem Uber!!! Quantas mudanças!
Sinto-me como se escrever fosse algo dificílimo. Não era. Agora,
já não sei...
Estive lendo algumas das postagens nos últimos dias, desde
que me chamaram a atenção por não atualizar a minha vida online. Fiquei um
pouco envergonhada de algumas das coisas que compartilhei aqui. Posso dizer que
talvez eu tenha evoluído ou é a bendita maturidade quem tem me feito companhia.
Agora eu tenho 38 anos, fios de cabelo branco escondidos em
um ruivo bem artificial, daqueles de combinar com o batom. Estou casada. Sou
mãe de um menino de 3 anos e meio com carinha de anjo. Estou no mesmo emprego,
no mesmo endereço, com o mesmo número de celular...
Nos últimos anos, dediquei-me a quem eu amo. Deixei de lado
um tanto da minha vaidade, nada de esmaltes, pouca maquiagem, nenhuma
preocupação séria com meu visual. Deixei de lado as coisas que me traziam
prazer, como ler um bom livro, ver filmes, escrever, bordar, tentar algum prato
novo na cozinha, fazer artesanato. Meu único lazer nesse tempo foi me afundar
em chocolate, todo santo dia. No dia que não era santo também. Sair de casa
ficou um pouco desconfortável, afinal, que criança de 2 anos fica quieta numa
cadeira enquanto os pais apreciam uma cervejinha? Simplesmente não dava.
Agora, pouco a pouco, tenho retomado um pouco do que eu fui.
Ainda não conseguimos sair juntos com frequência, por falta de ter com quem
deixar nosso filho, mas de vez em quando consigo escapar pra encontrar algumas
amigas e isso me faz um bem danado. Voltei a fazer minhas unhas, tenho tentado
usar maquiagem diariamente, voltei a usar saias e estou ensaiando sapatos de
salto outra vez. Tem me feito bem me sentir
um pouco mais feminina, mesmo que a partir das 16h de todos os dias eu entro no
‘modo mãe’ ao buscar meu anjinho na escolinha.
Ser mãe é a melhor coisa do mundo! Também, é a mais
desafiadora.
Espero voltar logo aqui e falar um pouco mais da vida.
Escrever é sempre uma terapia, e enre tantas coisas, é algo que hoje eu preciso
muito.